A dosagem de IgG e IgM podem ajudar no diagnóstico de diversas doenças e indicar uma reposta imunológica do organismo à algumas infecção. Assim, é possível saber se estas imunoglobulinas estão presentes ou não no sangue, indicando se a pessoa está com uma infecção ou se esteve em contato com uma infecção.
Como já dito, IgG e IgM são proteínas produzidas pelo organismo com o objetivo de defender o organismo contra agentes infecciosos e suas toxinas. O IgM é o primeiro anticorpo a ser produzido quando há uma infecção, sendo considerado um marcador de fase aguda da infecção. Essa imunoglobulina é responsável por ativar o sistema complemento, que é um sistema formado por proteínas, sinalizando que há uma infecção e favorecendo a eliminação do agente infeccioso invasor.Já o IgG é produzido um pouco mais tardiamente, mas ainda na fase aguda da infecção, porém é produzido de acordo com o microrganismo invasor, sendo considerado mais específico, além de permanecer circulante no sangue, protegendo a pessoa contra possíveis infecções futuras pelo mesmo microrganismo. A produção de IgG é também induzida pela vacinação, de forma a proteger o corpo contra um agente infeccioso específico.
O exame sorológico de IgG e IgM serve para detectar o estágio de diversas doenças, como a toxoplasmose, rubéola e a infecção pelo citomegalovírus, por exemplo. Quando ocorre uma nova infecção, os primeiros anticorpos produzidos são as IgM que vão diminuindo à medida que a infecção é controlada, dando lugar às IgG, que permanecem para o resto da vida ou a maior parte dela. Como é uma proteína, tende a ser metabolizada pelo organismo e assim cair o número circulante no sangue. Desta forma, a imunidade para algumas doenças, mesmo através de vacinação, tende a ter uma certa durabilidade. Assim, reforços de vacinas são indicadas para algumas doenças conhecidas e para outras atualizações, pois alguns microrganismos tendem a sofrer mutações, como os vírus, driblando o SI e consequentemente não sendo influenciados pelas IgGs circulantes.
De forma prática, podemos dizer:
Assim, a existência de grandes quantidades de IgM para a rubéola por exemplo, é sinal de que a infecção é recente, e quando os seus níveis baixam, permanecem os de IgG, o que significa que a infecção está controlada e que o organismo está produzindo ou produziu anticorpos específicos contra este vírus, obtendo assim memória imunitária para essa doença, na maioria dos casos.
Assim, num próximo contato com o vírus, o risco de desenvolver a doença seria mínimo ou atenuado, pois a pessoa teria anticorpos IgG específicos contra a rubéola que agiriam imediatamente. O mesmo acontece com a vacinação, em que, na maior parte dos casos são administrados vírus inativos que induzem a formação de IgG específicos.
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