Uma boa dedução e que poderia explicar inclusive a cor alaranjada dos objetos próximos ao horizonte seria que os raios de luz, ao atravessarem a densa atmosfera saturada de vapor e repleta de poeira, têm grande parte de seu espectro eletromagnético absorvido, com exceção dos comprimentos de onda próximos ao vermelho. A atmosfera faz o mesmo papel do prisma, atuando onde os raios de luz colidem com as moléculas de ar, água e poeira e são responsáveis pela dispersão do comprimento de onda.
Até aí está certo, mas e o tamanho ?
Se fizermos medições com uma moeda ou seu próprio dedo, afastando ou aproximando dos olhos, até que a moeda ou seu dedo encubra a lua e depois utilizarmos esta mesma distância e medirmos a lua quando em zênite, veremos que o tamanho da lua não se altera.
O mesmo ocorre se utilizarmos instrumentos precisos.
Tudo na verdade trata se de uma ilusão de ótica. O fundo do céu tem papel fundamental nesta ilusão, nos causando a impressão de que a abóbada celeste não é uma semi-esfera, mas uma calota achada no zênite( termo técnico que designa o ponto interceptado por um eixo vertical traçado a partir da cabeça de um observador e que se prolonga até a esfera celeste) e que se estende em ângulo agudo até o horizonte. Essa ilusão é tão real que o próprio azul, nuvens, constelações, estrelas e planetas parecem encrustados na abóbada celeste, segundo os astrônomos.
Quando olhamos para cima não existem referências que nos permitam calcular intuitivamente distâncias.
Quando olhamos para o horizonte, nossos olhos contemplam os campos, bosques, montanhas, prédios, colinas e uma série de objetos que nos permite comparações e impressão de distâncias e afastamentos. Dessa forma, o céu no horizonte nos parece muito mais afastado do que no zênite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário